afinal, sonho em mim...
Sonho acordado,
Na noite dos dias, que não passam...
Fujo, humílimo perante as pedras,
Os insectos...
Acordo a sonhar,
Nas manhãs torturantes,
Inertes, mortas para o tempo...
O esquecimento do futuro,
Como se, ansioso, me esgotasse.
Deixo atrás de mim o mimetismo da alegria,
Pois nunca foi mais do que um pálido vislumbre de vida,
Nunca sentir nem olhar.
Na noite dos dias, que não passam...
Fujo, humílimo perante as pedras,
Os insectos...
Acordo a sonhar,
Nas manhãs torturantes,
Inertes, mortas para o tempo...
O esquecimento do futuro,
Como se, ansioso, me esgotasse.
Deixo atrás de mim o mimetismo da alegria,
Pois nunca foi mais do que um pálido vislumbre de vida,
Nunca sentir nem olhar.
1 Comments:
[...]"Toda a amargura retardada da minha vida despe, aos meus olhos sem sensação, o traje de alegria natural de que usa nos acasos prolongados de todos os dias. Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste. E o que em mim verifica isto está por detrás de mim, como que se debruça sobre o meu encostado à janela, e, por sobre os meus ombros, ou até a minha cabeça, fita, com olhos mais íntimos que os meus, a chuva lenta, um pouco ondulada já, que filigrana de movimento o ar pardo e mau."[...]
Belas são as palavras de Fernando Pessoa!
Como conseguem embriagar-nos e conduzir-nos à introspecção.
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