quinta-feira, agosto 26, 2004

a flor é bela... e a saudade doi...

Saudades


Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!



Florbela Espanca

2 Comments:

Blogger inconformada disse...

Cheguei aqui através da Riacho.
Ainda não tive tempo para ver tudo (ou pelo menos grande parte) do teu blog.
Mas cumprem-me dois comentários: nunca tinha "apanhado" ninguém com um template igual ao meu... e gostei da coincidência de comentar um post "da" Florbela :-)
Voltarei...

11:43 da tarde  
Blogger B. disse...

Belo poema sem duvida!!! :)

4:54 da manhã  

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