quinta-feira, agosto 18, 2005

uma flauta na harmonia...


Não escolhemos quando sonhamos. Essa é a magia do incontrolável, por isso nada se aproxima mais do profundo sentir, aquele simples, imenso, inefável. Como caminhar por todas as paisagens e desejar, a cada passo, voltar ao ponto de partida, como estar com alguém e não precisar de lhe tocar para que a osmose, para além dos sentidos, aconteça. Durante uma longa caminhada não nos apercebemos da dimensão do acto. Só o termo do percurso, ainda que incomensurável, traz a verdade, aquela que nem sempre queremos saber, mas com a qual sempre nos confrontaremos. Incomoda-me conseguir ver a sombra e não a atingir...